1.2.06

Partes publicáveis do meu mês de janeiro no quesito “rapazes” - pediram post grande? Agora vão ter que ler!

Vocês pediram um post gigante, então aqui está. O que houve foi basicamente o seguinte (senta que lá vem a história):

O nosso amigo que mora nos EUA veio pra cá. Aquele sobre o qual já escrevi alguns posts. Aquele em quem pensei por um ano e meio, por quem de vez em quando chorava escondidinha, tenho que admitir. Era a ele quem o post “suspiro” se referia.

“Djoooooones! Não creio! E como foi?”

Foi lindo. Maravilhoso. Até que deu merda.

Nos vimos antes de eu ir viajar e, quando voltei, love is the air everywhere I look around. Passamos lindos momentos juntos (nossa, “lindos momentos juntos” foi uma das coisas mais bregas que eu já escrevi aqui), até a palavra “enamorado” chegou a ser pronunciada.

Nisso eu já chorava todos os dias. Não quando estava com ele – quer dizer, chorei uma vez quando estava com ele, mas deixemos pra lá. Chorava porque em alguns dias ele ia embora, porque o único cara que tocou meu coração (outra expressão breguérrima) em anos mora em outro país, porque a gente não tinha a possibilidade de continuar o que estava sendo tão bom...enfim, motivos não faltavam.

“Ah tá Djones, então essa era merda, ele ir embora?”

Não. Não só isso.

Um dia eu o trouxe aqui em casa pra conhecer maman e o resto da negadinha, cachorros incluídos. Porque ele queria, que fique claro. Era um domingo e ele ia embora na sexta.

Foi tudo ótimo, todos se deram bem, conversaram, deram risada, maman comentou que ele era bonito e simpático quando ele não estava vendo, ele me bolinou quando ela não estava vendo, aquela maravilha.

Quando nós dois saímos da minha casa para irmos para a casa dele, eu entrei no carro e ele ficou olhando para o lago do meu condomínio, todo pensativo. Saí do carro e fui abraçá-lo. Ficamos os dois abraçados um tempão, sem dizer nada, ele ainda pensativo, suspirando a cada tanto e me fazendo carinho. Eu meio que segurando o choro, estava sentindo uma tristeza no ar. “Xiiii”, pensei. “Alguma coisa está se passando na cabeça dele”.

No carro ele estava diferente. Não sei explicar bem. Meio estúpido, meio implicante, e ele normalmente era um fofo. Ainda assim ele estava me fazendo carinho, mas já dava pra sentir que havia algo estranho no ar.

Quando chegamos na casa dele já era bem tarde e eu, vendo que ele estava meio macambúzio (adoro essa palavra, quem não sabe procure no Aurélio, haha), falei que ia embora. Ele disse pra eu subir. Subi.

“É que eu tô meio triste...não consigo parar de pensar que tô indo embora”. É, minha gente. Uma bosta. Tentei conversar mais, fazer ele desabafar, mas ele não disse muito mais do que isso. Então fiquei um pouco lá e vim embora. Ficamos de nos ver durante a semana, embora ele tivesse dito que não sabia quando ia poder sair comigo. Foi muito ruim...foi ruim ver ele triste, foi ruim ter que me segurar pra não chorar, foi ruim tentar conversar com ele sobre tudo isso e ele não querer. Foda.

Na segunda à noite, liguei pra ele pra saber se ele estava melhor, porque fiquei preocupada, vi que ele estava mal. Ninguém atendeu, deixei recado no celular dizendo “senti que você estava meio triste ontem, só queria saber se você está melhor”.

E eu chorando.

Na minha cabeça, o normal seria ele ter ouvido o recado, me ligado no dia seguinte dizendo “ainda não sei quando vamos poder nos ver, mas te ligo” ou algo assim. Mas nada, então liguei pra ele. Ninguém atendeu. Mandei mensagem no celular, sem resposta. Eu queria saber se e quando íamos nos ver porque precisava me organizar, tinha hóspedes em casa, amigas minhas na cidade querendo sair comigo mas óbvio que daria prioridade a ele. No fim saí com as minhas amigas.

Quarta, espero o dia inteiro. Nada. Ligo depois do trabalho. Uma vez, duas. Nada. Comecei a ficar louca. Ele ia embora em dois dias! E não tínhamos nos falado mais, e ele não me ligava, e eu queria vê-lo, queria me despedir, o que estava acontecendo? Ligo. Ligo. Em casa, no celular. Nada. Ligo. Ligo. Ligo. Ligo. Que desespero!!!! O que está acontecendo, pelo amor de Deus??? Ligo. Ligo. Ligo. Nada. Estava me sentindo uma louca, estava descontrolada! Ligo ligo ligo ligo. Não era possível...e chorava. De raiva, de desespero, de não saber o que estava rolando, de tentar imaginar por quê ele estava me fazendo isso. Ligoligoligoligo. Deixei um recado pra ele, engolindo o choro: “não sei o que você está querendo me dizer, mas com certeza não escolheu a melhor maneira”. Resposta? Nada.

Chorando.

Quinta. Nada. Ligo. Ligo. Ligo. Deixo recado com a mãe dele, que me diz “mas você ligou no celular? E ele não atende? Ué...” Humilhante ou não? E nada.

Chorando chorando chorando chorando...

Sexta, não agüentei. Então era isso: ele estava indo embora e, por alguma razão, resolveu sumir. Achou melhor desaparecer que se despedir, melhor sumir que me dizer qualquer coisa, boa ou ruim. Acho que foi um dos dias que mais chorei na vida. Ainda bem que meus chefes não estavam, porque mesmo no trabalho eu me controlava por uns minutos e depois saía correndo pro banheiro pra chorar. Não me conformava...não, não pode ter sido filhadaputice. Não pode ser que tudo tenha sido uma grande mentira, eu não posso ter me enganado tanto...

Mandei um e-mail pra ele, porque era tudo o que eu podia fazer. Perguntei o que tinha acontecido, disse que liguei 200 mil vezes, e que se ele tinha um mínimo de carinho ou de consideração por mim, que me dissesse logo o que que tá pegando, mano, porque aquilo tudo estava me fazendo muito mal. Era esperar a resposta dele e bola pra frente. Eu ia estar triste de qualquer maneira naquele dia: se não fosse pelo motivo que estava sendo, seria porque o cara que eu adorava estava indo embora pra voltar sabe-se lá quando. Merda por merda...

Quando cheguei em casa, deitei na minha cama, pensei em tudo e quis chorar...mas não saíam lágrimas!! Juro, isso nunca tinha me acontecido!! Devo ter esgotado o reservatório, sei lá. Foi então que pensei “ok, por hoje é só: já chorei, agora mereço me divertir. Não vou parar minha vida por isso”.

Nesse dia ia ter um esquenta na casa de um cara da galera dos brasileiros. Por meios orkutísticos fiquei sabendo que um rapaz que eu acho deveras agradável ia. Quer saber? Eu vou. O rapaz nunca me deu muita trela, mas que me custa jogar um charme, marcar presença? I will survive, I will survive, hey hey. E não por nada, não que quisesse pegar alguém, sair à caça, na verdade queria mesmo era me divertir e ter a impressão, o aliviozinho de sentir que a vida continuava.

Ponho minha blusa nova que comprei em Punta, passo meu lápis de olho azul lindão da MAC e lá vou eu. Entro no carro, começo a mudar de rádio e eis que escuto: “você é luz/ É raio estrela e luaaaar/ Manhã de sol...” Siiiiim, a minha música!!!! Wando em uma rádio em Buenos Aires!!!!! Eu vivo porque Wando um dia cantou “me suja de carmim/ me põe na boca um mel/ Looouca de amor, me chama de céu...”!!! Justo essa música, e justo nesse dia! “Ok, a semana inteira foi uma merda, mas a noite promeeeete!!”

Peguei minha amiga da facu que estava aqui e fomos no tal esquenta. Chego lá, realmente o rapaz mencionado acima e seu 1,90m de altura estavam lá. Maaaas estava um ooooutro rapaz que também me agradava! Não tão alto, aliás até baixinho, mas uma graça. E de repente é até melhor mais baixinho, porque é portátil, cabe em qualquer lugar e dá até pra levar em viagens de maneira prática e eficaz.

“Xiii, me ajuda! Tem dois rapazolas aqui que me agradam. Pra quem eu jogo charme, pro altão ou pro baixinho?”, perguntei à minha amiga. “Pro baixinho, sem dúvida. Quando você chegou ele ficou todo todo, e ele é bem gatinho...”

Some-se ao conselho da minha amiga o fato de que há algum tempo já havia rolado um clima entre nós. Eu sempre o achei bonitinho, desde que o conheci, mas como uma amiga, que o conheceu no mesmo momento que eu, ficou dando em cima dele, achei melhor não criar problema. Nem era essa coca-cola toda pra chegarmos ao ponto de disputar a atenção do moço. Até que um dia, fim de balada, ficamos conversando só nós, conversando, conversando...Essa minha amiga namorando, não seria empecilho. Mas ficamos só na conversa, acho que devido à timidez de ambas as partes. Só pensei “hum, quem sabe um dia...” e deixei quieto.

Bom, no esquenta pra dizer bem a verdade fiquei na minha, estava mais interessada em zoar que em ficar dando bola pra alguém. Mas o rapaz jogava charme e eu correspondia.

Depois fomos pra balada alguns meninos que estavam no esquenta – incluindo os dois belezocas – eu e a minha amiga.

No final da balada acabamos ficando – no sentido de permanecer – eu e o baixinho sozinhos de novo. Conversa vai, conversa vem, os dois cada vez mais próximos, ele começa a dar indiretas. Na verdade eram bem diretas, mas ele falava as coisas e olhava pro outro lado! Todo timidinho ele! Até a hora em que eu resolvi tomar providências e acabamos ficando – no sentido de beijar.

Pois é, minha gente! Depois de chorar dias e dias seguidos, depois de pensar que ok, a vida continua, mas agora provavelmente, do jeito que eu sou e que minha vidinha é, vou mergulhar de novo numa seeeeeca daquelas...quando eu menos esperava, acabei ficando com outro mocinho. Rá, primeira vez em 25 anos de vida que pego dois na mesma semana, acreditam? Pois é, José, eu falo falo mas na verdade sou uma santinha (ou uma tontinha, como preferirem). E justo nessa semana, uma das mais bostas da minha vida!

Bacaninha, o rapaz. Beijo bom (que beijo booom tem quem usa Anapyon/ Ai que beijo bom). Poderia ter uns 15cm a mais de altura, mas até aí eu poderia ter 15kg a menos. Cada um com seus problemas.

“Ok, foi bacana, acho então que vamos nos ver de vez em quando nas baladas da galera e se pá dar umas bitocas sem compromisso”, pensou Djones com seus botões.

Domingo. Nosso amigo dos EUA responde o e-mail. Djones lê o e-mail dele. E chora.

Ele basicamente me xingou de “menina mimada”, disse que eu não soube respeitar o espaço dele, que pressionei quando não era pra pressionar, que não tive tato, que quando ele disse que não sabia quando íamos nos ver eu deveria ter entendido que tudo estava sendo muito difícil pra ele, que ele não gostava de despedidas, que ele me deseja o melhor mas que as coisas com os homens não funcionam assim e bláblábláblábláblá.

Epa!! Wait a minute, Mr. Postman! Se você queria espaço, se eu deveria ter entendido não sei o que e não sei o quê lá, por que você não me falou???? Por que preferiu sumir e me deixar louca, te ligando que nem uma imbecil?? Estava tudo lindo, de repente você desaparece e eu deveria achar normal? Eu só queria saber se você estava bem, e só queria saber se e quando íamos nos ver por questões práticas, porque eu não podia estar à sua disposição e tinha mais o que fazer, tinha hóspede em casa e amigos na cidade, ai que raiva!!!!! Argentino idiota!!! Mas eu também podia não ter ligado tanto...mas cazzo, eu não sabia o que tava rolando, fiquei desesperada...nossa, que bosta. Isso não poderia ter terminado assim...

Respondi o e-mail pra ele. Não escrevi no tom do parágrafo acima, apesar da raiva. Pus panos quentes, porque ele realmente é importante pra mim, apesar dos pesares, e não quero que fique algo ruim entre nós. Expliquei porque liguei tanto, disse que não sabia o que estava acontecendo, que ele deveria ter me dito, e não sumido. Que nós dois reagimos de maneiras diferentes e opostas ao fato de que teríamos que nos despedir, que um não entendeu o outro, que nós dois erramos. Tengo recuerdos muy lindos de vos y me los voy a guardar para siempre. Beijos.

Não me respondeu ainda, nem sei se vai responder.

Querem saber? Talvez tenha sido melhor assim. Talvez se a gente tivesse tido uma despedida de novela mexicana, com direito a beijos intermináveis, lágrimas e se bobear até música de fundo, Djones estaria aqui choramingando pelos cantos, pensando no que “poderia ser caso ele morasse aqui” mas não pode ser...agora juro que estou até aliviada. Ok, já veio, já foi, deu merda, fazer o quê.

It took all the strenght I had not to fall apart/ Kept trying hard to mend the pieces of my broken heart/ And I spent oh, so many nights/ Just feeling sorry for myself/ I used to cry/ But now I hold my head up high...

Se de alguma maneira essa história tiver de continuar, que ele ou a vida se encarreguem disso. Não vou correr atrás nem pensar nisso, a não ser para ter boas lembranças na gavetinha de “lindas histórias da minha vida”.

“Djooones, e o baixinho? Algo mais??”

Então. No post abaixo há duas frases: “Por que há tanta puta no mundo?” e “Ei, homens, vão tomar no cu”. Não é à toa.

Uma semaninha depois que nós ficamos, apenas uma semana depois, teve balada da galera. Lá fui eu, dessa vez de sandália rasteirinha pra sei lá, caso rolasse...o salto alto dificultou um pouco da outra vez.

Ele chegou tarde na balada e foi pra um canto com os amigos. Fui cumprimentá-los, ele ficou todo floridinho pra cima de mim. “Opa, pode ser que dê samba”.

Mas é aí que entra uma puta na história. Uma argentina vagabinha da galera, dessas que sentam no colo da molecada, que geral chega beliscando a bunda dela e etc, gruda nele. Começa a dançar com ele. A abraçar ele. A se esfregar nele. E Djones só olhando. Até que, óbvio, os dois ficaram. Sendo que dois minutos antes de eles ficarem ela estava me falando que estava apaixonada pelo namorado, que isso era horrível porque em março ela está indo morar na Nova Zelândia, mas que nossa, nunca tinha sentido isso antes por alguém. Vaca. Mas ela vai embora, puta boa é puta longe então tudo bem.

Não digo que ela é vaca pra defendê-lo, mesmo porque quando um não quer, dois não brigam. E ele não me deve satisfação nem tinha que ter ficado comigo, só achei desagradável. Uma semana depois, uma mina da mesma galera, que tem namorado, na frente de gente que tinha visto nós dois juntos na balada anterior...e tinha sido bacaninha, bom beijo, demos risada, nos vemos na próxima, poxa. Desnecessário tudo isso.

O mais engraçado é que, quando eu estava indo embora, ela estava não sei onde e eu fui me despedir dele. Disse “tchau” meio seca, dei um beijinho na bochecha com cara de cu e ele ficou me fazendo carinho nas costas. Eu indo embora e ele se esticando todo pra me fazer carinho. Ah, vai peidar na água pra fazer bolinha, né?

Não falei mais com ele desde então. É aguardar os próximos capítulos.

Ufa!!! Quem chegou ao final deste post em apenas uma leitura vai ganhar o Kit Fã da Djones, com uma foto minha autografada e uma camiseta com a Barbie e o carrinho aí de cima!!

1:14 AM - 0 comments

Links

  • Se Vira nos Quase 30!
  • Brasil com Z
  • Buenos Aires, queridos
  • Túlio P&B
  • Ratito Mamita
  • Singer In The Reign
  • Princesa do Jardim
  • Moda pra Ler
  • Nos Ares
  • From Brazil to India
  • Persa Brasileiro na Provence
  • Hilton Corporation
  • Te Dou um Dado?
  • Carol e suas bobeiras
  • Aninha Mogadouro
  • Insane Boy
  • Urbanistas
  • Vamos que Podemos
  • Aires Buenos
  • Básico e Necessário
  • Maffalda
  • Opequi
  • Mundo Pequeno